sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Meias vermelhas...


Quando estes pensamentos me vieram à tona, o blog estava, sabe Deus porque, fora do ar e eu tratei de escrever correndo no Word pois quero compartilhar cada um deles com vocês. Sabem, desde que cresci um pouquinho e ganhei autorização para freqüentar a cozinha de casa me identifiquei por demais com este espaço. Não sou filha de cozinheira e embora minha mãe cozinhe bem, não o faz com o mesmo prazer que eu. Eu AMO cozinhar. Cheguei até mesmo a pensar em estudar gastronomia, ser uma chefe, ter a “minha cozinha” , mas sei lá porque deixei este sonho adormecer. Mas o amor pela arte de cozinhar não. E todos os meus amigos sabem disto. Meus pratos, sejam eles mais elaborados ou não sempre fazem sucesso. Estava aqui agora, lendo o presente que ganhei de meu namorado de natal, um livro de receitas das mais variadas que eu amei. Ele me disse que pensou em comprar um livro de saladas mas como eu já tenho um ele achou melhor me dar um que tenha de tudo e ganhei um exemplar do “Mais você dez anos – de Ana Maria Braga” dei uma boa folheada e em meio as receitas, estão histórias de vida e de trabalho desta apresentadora que tem a minha admiração. E no meio desta boa olhada no livro, e nas histórias que traz, achei justificada a minha “paixão” pela culinária e me dei conta disto quando me peguei tentando escolher uma das receitas para prepara ainda hoje e através dela, entregar o meu carinho na ceia de natal. Seria o máximo, além de saborosa, uma receita nova preparada com o auxílio de um presente que ganhei de natal...ops, caiu a ficha! Fui acostumada a receber carinho em forma de comida, sentir o carinho através dos sabores de macarrões, sopas, chocolates, picolés, balas ...e agora estou aqui pensando em cozinhar algo para que as pessoas percebam com as papilas gustativas o quanto eu gosto delas...
Óbvio que não vou deixar de gostar de cozinhar e tão pouco jogar meu livro de saladas ou este que acabo de ganhar no lixo, apenas vou tentar ter um novo olhar sobre o ato de cozinhar. Vou continuar gostando de cozinhar sim, mas não com o intuito de oferecer carinho, mas com o prazer pela alquimia da cozinha e para meus convidados, apenas o prazer de saborear aquilo que eu preparar. O carinho é melhor entregar sobre a forma de palavras, abraços, beijos, etc.
Como meta para emagrecer no natal, tenho conseguido me comportar bem. Ontem tive aulão de natal na academia e em meio à musses de maracujá, pavês de chocolate, rabanadas, pães de queijo, quiches, salgadinhos, patês e uma lista imensa de guloseimas, escolhi comer do sanduiche que eu mesma levei que foi feito com molho à base de mostarda e orégano com um pouco de azeite extra virgem, queijo prato ligth e mortadela defumada ligth junto com tomate e alface e azeitona verde decorando. Somados aos dois pedações de sanduiche (mais ou menos meio pão francês) um pequeno pão de queijo e uma rabanada com dois copos de coca cola zero. Embora não tenha observado tanto a mastigação e tenha comido depressa demais, consegui observar a saciedade,até porque a impus ao meu corpo e minha mente tão logo os dois pedaços de sanduiche, a rabanada e o pão de queijo tenham chegado ao estômago. Participei do social sem comer e me despedi sem lamentar estar deixando a comida pra trás. Saí com meu namorado e à noite cometi um pecadinho: embora na hora da fome física, acabei comendo um pouco à mais de chocotone, mas como foi na fome física tudo mais ou menos certo. Mas assim que acabei de comer, vi que tinha comido demais e sei que fiz isso porque não dei atenção à mastigação, esse é todo o segredo!!!
Não sei se vou conseguir postar à tempo, de qualquer forma, desejo que todas vocês tenham um felicíssimo natal e uma ceia vitoriosa, onde possamos ser donas de nossas escolhas e desejos!
Termino a postagem de hoje, com uma mensagem que está no livro que ganhei. Foi a primeira das muitas mensagens que foram lidas pela Ana Maria Braga nos 10 anos de “Mais você” e justamente por isto, está no livro. Talvez eu tenha interpretado errado, mas como diz Mário Quintana: “quando se pergunta o que o autor quis dizer, ou o autor ou o leitor são burros”, usei minha inteligência:
O menino das meias vermelhas – Heitor Cony
Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas.
Era um garoto triste, procurava estudar muito, mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicando com as meias vermelhas que ele usava.
Um dia, perguntaram por que o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas. Ele contou com simplicidade:
- No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim estas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia rir de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que, se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela.
Os garotos retrucaram:
- Você não está num circo! Por que não tira essas meias vermelhas e joga fora?
Mas o menino das meias vermelhas explicou:
-É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando estas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, vai me encontrar e me levará com ela.

· Quais são as nossas (as minhas e as suas ) meias vermelhas? Que situações “perdidas” carregamos conosco diariamente e que sensações de conforto elas nos trazem? Qual é o “sabor” que a sua meia vermelha tem???

Um grande abraço.

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