Quando se tem uma criança muito próxima é sinal de que junto com ela, ganhamos também uma mãe muito próxima...mas mãe que é mãe de verdade sempre tem certeza de que a forma como cria seu rebento é a melhor possível e dificilmente aceita sugestões, principalmente quando a pessoa que as oferece não tem filhos...a resposta é sempre a mesma: "Quando você for mãe você vai entender". Ok, me recolho a minha simples insgnificância de mulher sem filhos e fico torcendo para que quando finalmente meu status mudar para "mãe" eu realmente entenda e faça diferente...nem que para isso eu precise de uma equipe multidisciplinar que inclua um psiquiatra.
Partindo do princípio de que apesar de racionais, somos animais, temos instintos e sem dúvida nenhuma, um destes instintos é o da saciedade. Não adianta, a criança só come até onde ela quer...às vezes ela come um pouco mais, às vezes um pouco menos (nós adultos também não somos assim???) e se insistirmos em colocar no pequeno estomagozinho mais do que ele realmente aguenta, seremos bombardeadas com uma sinfonia aguda de choros, mãozinhas empurrando a mamadeira ou rostinhos se virando de um lado para o outro...isso sem falar nas infinitas cusparadas das colheres sobressalentes...
Fisiologicamente, esse excesso tem dois resultados: o primeiro é super visível: vômitos, "gofos", coisas do tipo...o segundo e mais perigoso acontece pelo corpo todo da pequena criança e é impossível de se ver: enquanto o corpinho fica mais rechonchudinho, milhares de células adiposas se enchem até seu limite e se dividem assim que esse limite é esgotado, dando início a vida de uma nova célula adiposa (para quem não sabe, célula adiposa é a célula de gordura). O problema é que estas células se multiplicam quando engordamos, mas quando emagrecemos, elas simplesmente esvaziam e ficam ali, prontinhas para no primeiro "deslize" recomeçar o processo de reabastecimento...então, bebê gordinho, acima do peso, não é bonitinho não...bebê gordinho, acima do peso é um futuro adulto com potencial imenso para ser um obeso, é um potencial adulto que não reconhecerá sua saciedade e que em alguns casos cria links psicológicos de conforto, carinho e amor com a comida e a ela recorrerá sempre que precisar de um desses afagos na vida...
Quando a criança, está na rua e já comeu a metade do potinho nestlé super bem e começa a chorar, cuspir a comida, se desesperar, o recado é simples: MAMÃE, ESTOU SATISFEITO (A) !!! Basta, somente respeitar esse recado...
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